top of page
  • Foto do escritorDébora Ghisi

Pouco Vinho no Brasil

O Brasil bebe pouco vinho, por aqui, é verdade, não esta não é uma bebida bem difundida, e pelas experiências que venho sendo compelida a viver (haha), queria compartilhar com vocês, por que acho que isso acontece.


Nós brasileiros ainda precisamos evoluir em certas tratativas do mundo do vinho. O vinho não é mesmo a bebida mais simples, são vários tipos, características especiais e não tem realmente o melhor custo aqui para os brazucas, portanto é necessária uma certa atenção que nem todo mundo se dispõe a prestar, e para mim, como tenho certeza que para muitas pessoas, o prazeroso do vinho é aprender sobre ele a cada taça e ir evoluindo!


Em nosso país, é notável que o preço muitas vezes impede nossa degustação periódica, nossa “criação de hábito” tão famosa em países europeus, mas o fato é que nossa árdua carga tributária as vezes nos faz mais pensar em preço do que em qualidade, e daí já começamos a tropeçar nesse assunto. Muitas pessoas quando pensam no custo de uma garrafa, e no quanto estão pagando de lucro ou imposto sobre ela, já têm uma ressaca, portanto preço razoável e vinho honesto de qualidade, deveriam ser nosso atual foco, é possível com bastante trabalho e dedicação, assim como em todo produto de sucesso colocado em qualquer mercado.

Faz parte do negócio de quem quer trabalhar com vinho no Brasil a necessidade de buscar por custo benefício, dar aquela pesquisada, fazer um benchmarking, pedir dicas aos mais entendidos colegas e por aí vai. Existe um certo trabalho necessário a fazer nesse produto específico e neste mercado o que mais você encontra são vendas “gato por lebre”, vinhos contrabandeados, mal armazenados e o vale tudo na corrida por vender, mas e o resto?

Algumas importadoras trabalham com a quantidade em detrimento da qualidade, com foco único, e se você já é um cara com um paladar para vinho, acho que você vai começar a reparar que isso não é legal, e como disse um português conhecido meu, “não é vinho importado, é mais uma mistura química de várias coisas, para um propósito simples mercadológico, para vendas em grandes quantidades”.

Aliado a isso, ainda precisamos nos especializar mais no “serviço de vinho”, servimos ainda muito vinhos brancos quentes, vinhos tintos mal armazenados, ácidos ao extremo, “cozidos”, outros que bebemos sem devida decantação! Precisamos nos preocupar com o que vamos proporcionar ao paladar do cliente, além do bolso, pois muitos desses erros, fazem você acabar com o consumo no país ou cortar logo na raiz o interesse de um iniciante.


O Brasil meus amigos, não é para amadores, pensar em bolso e paladar juntos sei que é difícil tarefa, mas vinho bom não é aquele que você gosta. Não acredito nesse conto romântico. Vinho bom é aquele produzido com cuidado, com carinho, que combinou com a temperatura do dia e a ocasião e vai te proporcionar uma baita experiência em boca, e que não te custou um mês de trabalho. Um vinho de verdade é aquele que foi produzido, negociado, transportado, honesta e cuidadosamente, com foco no seu agrado do seu paladar, e no seu dia seguinte, sem azias, ou dor de cabeça ou demais péssimas sensações!

4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page